Grupos de Vida
O que é um grupo de Schoenstatt?
Assim como no plano natural todos somos membros da humanidade – a dimensão social é intrínseca à nossa própria natureza –, no plano sobrenatural e de um modo ainda muito mais profundo, pertencer à Igreja significa pertencer a uma comunidade; é-se membro do Povo de Deus, parte do Corpo de Cristo. Não existe o cristão isolado dos outros ou que só vive para si próprio.
Esta realidade destaca-se em Schoenstatt de forma acentuada: Schoenstatt é uma Família. Pertencer a Schoenstatt significa selar uma Aliança de Amor com Maria, mas também entrar – em virtude dessa mesma Aliança – numa relação especial com o mundo de Schoenstatt, com a Família schoenstattiana, com o seu Fundador e com os membros do Movimento. Qualquer que seja o nível organizativo ao qual nos incorporemos em Schoenstatt, sempre será assim.
Existem comunidades em que esta pertença se dá de formas específicas especiais. Assim, por exemplo, as Uniões e Institutos contam com “cursos” e “comunidades oficiais” que são comunidades mais pequenas, nas quais e através das quais se expressa e vive a comunidade mais ampla. Na Liga Apostólica não se exige a pertença a comunidades ou grupos, ainda que normalmente quem a integra costume formá-los. Em todo o caso o seu valor educativo está fora de dúvida. Daí que se promovam e que, em geral, a grande maioria dos que pertencem à Liga se integre livremente num grupo.
O valor formativo na pequena comunidade ou no grupo é de primeira importância. É por isso que no curriculum de introdução, também do Ramo dos Homens, se introduziu como algo normal a pertença a um grupo de homens.
A Igreja renovada que queremos ver florescer e o mundo novo que aspiramos a construir, começam na família natural. O grupo schoenstattiano de homens é precisamente o gérmen e a antecipação da Igreja renovada e da nova sociedade. É uma oficina onde se forjam o homem novo e a nova comunidade cristã. Aí se comprova a possibilidade prática do mundo que esperamos construir, pois não vamos transformar o mundo com palavras, mas sim com factos.
Podemos distinguir no grupo schoenstattiano cinco aspetos fundamentais. Estes aspetos permanecem sempre intimamente unidos, pois o grupo é um organismo vital. No entanto, na exposição que se segue passaremos a descrevê-los separadamente, a fim de facilitar a sua compreensão.
O grupo é: 1. uma comunidade fraterna;
2. uma comunidade de Aliança;
3. uma comunidade de ideais;
4. uma comunidade de formação;
5. uma comunidade de ação apostólica.
O grupo é uma comunidade de Aliança
É uma comunidade que reza, que se vincula ao Santuário. Impulsionado por esta vida sobrenatural, o grupo adquire a sua marca própria e a sua fecundidade.
Os vínculos de amor, responsabilidade e fidelidade que entrelaçam os membros do Movimento, encontram o seu centro e a sua fonte profunda na Aliança de Amor com a nossa Mãe e Rainha de Schoenstatt. Por isso a comunidade humana que cultivamos no grupo está aberta à realidade sobrenatural do Deus pessoal, do Pai, do Filho e do Espírito, realidade que nos torna próximos e familiares em Maria.
O grupo não fica assim no plano puramente natural; quer chegar a ser, com toda a sua força, uma comunidade de fé, de pessoas e de casais que juntos procuram Deus e não descansam até O encontrarem.
Esta projeção sobrenatural no grupo concretiza-se na medida em que este se converte progressivamente numa comunidade de oração. Normalmente, as pessoas não têm o hábito de rezar em comum; em Schoenstatt devem aprender a fazê-lo. Neste sentido ajuda muito iniciar as reuniões com uma oração, lendo e comentando um trecho do Evangelho, fazendo petições ou uma ação de graças, cantando, etc. Isto pode ser preparado no princípio pelos próprios monitores, (existem pautas de oração à disposição de quem as desejar), mas rapidamente os momentos de oração podem ser conduzidos por outros casais previamente designados.
Neste mesmo sentido, programar como grupo encontros periódicos de oração no Santuário é algo que fortalece decisivamente a vida de grupo e favorece a sua incorporação vital em Schoenstatt. “ Experimentar” o Santuário, familiarizar-se com os seus símbolos, conhecer a sua história, consagrar o grupo à nossa Mãe e Rainha, confiando-lhe o seu crescimento e desenvolvimento, encaminha-nos pela senda mais segura. A Mãe deve chegar a conquistar o coração de cada um dos membros do grupo.
Não é demais dizer que em tudo isto o papel dos monitores é decisivo: mais do que as palavras, o que aqui importa é a transmissão de uma vivência religiosa e de um amor profundo a Maria. O fruto será cada homem chegar a fazer a Aliança de Amor no Santuário. Assim esta projeção sobrenatural do grupo recebe o seu selo e garantia.
Os monitores só se darão por satisfeitos quando o grupo alcançar a profundidade da Aliança com Maria; em última instância, tudo tem que conduzir a isso. Só a Aliança com Maria afiança o laço fraternal, purificando-o, dando-lhe ao mesmo tempo consistência e projeção; esta Aliança é também a fonte da transformação interior e do espírito apostólico que deve surgir no grupo.
O grupo é uma comunidade de ideais
Projetar-se em direção a metas elevadas: rumo ao ideal de homem cristão e schoenstatteano
Outra das projeções fundamentais do grupo é ser uma comunidade de ideais. Quer dizer, uma comunidade que tem e se orienta por grandes metas, que quer superar a mediocridade que caracteriza a vida de tantos cristãos. Muitas vezes com um tipo de vida que “segue a corrente”, ou que se conforma com o “mínimo necessário”.
Ter um ideal significa estar projetado até metas altas que libertam da mediocridade e do passivismo, de uma vida monótona e sem relevo. Ver e criticar o negativo não deveria conduzir a um derrotismo, mas sim a um compromisso mais sério e entusiasta com a tarefa histórica de forjar um mundo novo.
Schoenstatt é um chamamento a ampliar os nossos horizontes e a aspirar aos ideais que a Boa Nova cristã nos mostra; querer cooperar ativamente na renovação da Igreja e do mundo. Schoenstatt é um movimento mariano; por ser Maria quem é, assinala os mais altos cumes: orienta-nos com todo o seu ser à realização mais plena dos valores do Evangelho.
A tarefa dos monitores de grupo é dar a conhecer e provocar entusiasmo pelos ideais e aspirações que Schoenstatt mostra. Não atuar por imposições e obrigações, mas sim mostrando ideais. Mais especificamente: mostrando o ideal cristão e da família.
Posteriormente, em grupos estáveis, que já definiram a sua vocação em Schoenstatt, este mundo de ideais concretizar-se-á no Ideal de Grupo. O importante na etapa de formação introdutória, é visualizar os grandes ideais do Movimento e provocar entusiasmo pelo ideal matrimonial e a renovação da família nas suas diversas facetas e cristalizações. Isto fará com que o grupo não se instale nem se detenha, estancando o seu desenvolvimento. Os ideais sempre o impulsionarão até à magnanimidade e a um autêntico compromisso cristão e schoenstattiano.
O grupo é uma comunidade de formação
Procura constantemente superar-se, crescer, vencer o que limita o amor, criando atitudes e um estilo de vida que esteja de acordo com o ideal
O grupo é uma oficina, uma fábrica do homem novo e da nova comunidade. Nele a Virgem Santíssima quer exercer a sua tarefa de Mãe e Educadora. Ela quis precisamente estabelecer-se no nosso Santuário como educadora dos povos e do coração do homem.
Quem entra para um grupo de Schoenstatt fá-lo porque quer crescer e está consciente de que se tem que dar, pessoalmente um enriquecimento interior. Ingressa-se numa comunidade de formação, na qual se espera a ajuda de um ao outro, o estímulo mútuo para que cada um e cada casal avance, respondendo com docilidade ao trabalho educativo de Maria. Nada verdadeiramente valioso nascerá no grupo sem a decisão e o esforço por se autoformar, por crescer e se superar. O amor a Maria, os ideais, a união fraterna, são o estímulo constante para esta superação.
Os monitores velam constantemente neste sentido para que o grupo seja concreto e não caia em divagações intelectuais ou em mera camaradagem. Os ideais têm que tocar a vida e transformá-la de verdade.
A formação dá-se a diversos níveis. Na esfera intelectual, os seus membros deverão crescer no conhecimento da sua fé e do mundo de Schoenstatt. Uma leitura orientada pode contribuir de forma importante para uma formação doutrinal importante. (no livro «150 perguntas sobre Schoenstatt» podem encontrar-se as indicações bibliográficas necessárias).
Por outro lado, deve dar-se progressivamente no grupo uma conquista e consolidação de atitudes e de um estilo de vida de acordo com o ideal e as exigências do tempo.
Por isso, as reuniões normalmente deverão terminar com um propósito que centralize o esforço por encarnar os ideais. Desta forma, o intercâmbio que se produz no grupo não fica “no ar”, mas orienta-se para a vida. Assim consegue-se superar a trágica e tão comum separação entre fé e vida.
Os monitores procuram também, nesta mesma ordem de ideias, introduzir vitalmente o conceito e a prática das contribuições para o Capital de Graças, as quais encaminham e dão sentido ao esforço pela autoformação e ao trabalho com os meios ascéticos. Tudo fica assim enquadrado no âmbito da Aliança de Amor com Maria.
Por último, é importante afirmar que um dos caminhos mais efetivos para o crescimento, é a própria atividade. Por isso os monitores incentivam a formação e o crescimento “repartindo tarefas”, delegando desde coisas simples até tarefas de maior responsabilidade, e fomentando a própria iniciativa e criatividade dos integrantes do grupo. “A tarefa faz o homem” diz um provérbio. Empenhar-se em tarefas como grupo desperta forças que muitas vezes estão latentes. Por isso os monitores procuram que o grupo olhe para o Ramo e para outros campos apostólicos, para que possam ver as necessidades existentes e assim desenvolvam iniciativas concretas.
Isto remete-nos para outra dimensão do grupo, que passamos a tratar.
O grupo é uma comunidade de ação apostólica
Ação apostólica necessária que pode acontecer pela irradiação, pelo testemunho ou por ações apostólicas concretas
Os nossos grupos schoenstatteanos estão concebidos como células de elite destinadas a exercer uma forte influência apostólica. Não são comunidades fechadas em si mesmas ou que se esgotam na sua dimensão espiritual e fraterna. A partir de uma forte interioridade, cada schoenstatteano deve exercer um apostolado eficaz, tanto pela irradiação ou testemunho, como por ações apostólicas concretas.
Cada membro do grupo realiza esta ação apostólica individualmente, como individuo ou então em conjunto com membros do mesmo grupo ou de outros grupos. É importante que se vá criando a consciência de que Schoenstatt é um Movimento de formação em e para a ação apostólica. Doutro modo desvirtua-se a sua natureza.
A falta de ação apostólica paralisa a vida do grupo e reduz o seu horizonte. Tarefas apostólicas concretas, ao contrário, põem à prova a força da Aliança e a sua fecundidade, unem estreitamente os membros do grupo entre si e exigem uma séria superação pessoal que faz crescer, dá alegria e confere dinamismo à vida do grupo.
Os monitores, pela sua presença e pela sua palavra, estão chamados a encontrar caminhos para indicar oportunamente as possibilidades de apostolado, seja no ambiente próprio do Movimento ou onde se precise dum serviço apostólico. No entanto, devem ter cuidado em que o grupo e as pessoas desenvolvam uma ação apostólica “ordenada”, quer dizer, que não se produza um desequilíbrio entre a vida interior, a formação, a relação fraterna e o apostolado.
Não pensamos que as tarefas apostólicas devam realizar-se sempre no âmbito eclesial do Movimento. Toda a vida deve chegar a ter uma projeção apostólica. Por isso, os monitores procurarão o momento apropriado para mostrar a própria vida de homem como um “campo apostólico” privilegiado; mostrarão também que nem sempre o apostolado deve ser “visível”, mas que, muitas vezes, é silencioso e oculto aos olhos do mundo, especialmente quando se trata da oração e do sacrifício oferecido pelos outros.
O que é um grupo de Schoenstatt?
Assim como no plano natural todos somos membros da humanidade – a dimensão social é intrínseca à nossa própria natureza –, no plano sobrenatural e de um modo ainda muito mais profundo, pertencer à Igreja significa pertencer a uma comunidade; é-se membro do Povo de Deus, parte do Corpo de Cristo. Não existe o cristão isolado dos outros ou que só vive para si próprio.
Esta realidade destaca-se em Schoenstatt de forma acentuada: Schoenstatt é uma Família. Pertencer a Schoenstatt significa selar uma Aliança de Amor com Maria, mas também entrar – em virtude dessa mesma Aliança – numa relação especial com o mundo de Schoenstatt, com a Família schoenstattiana, com o seu Fundador e com os membros do Movimento. Qualquer que seja o nível organizativo ao qual nos incorporemos em Schoenstatt, sempre será assim.
Existem comunidades em que esta pertença se dá de formas específicas especiais. Assim, por exemplo, as Uniões e Institutos contam com “cursos” e “comunidades oficiais” que são comunidades mais pequenas, nas quais e através das quais se expressa e vive a comunidade mais ampla. Na Liga Apostólica não se exige a pertença a comunidades ou grupos, ainda que normalmente quem a integra costume formá-los. Em todo o caso o seu valor educativo está fora de dúvida. Daí que se promovam e que, em geral, a grande maioria dos que pertencem à Liga se integre livremente num grupo.
O valor formativo na pequena comunidade ou no grupo é de primeira importância. É por isso que no curriculum de introdução, também do Ramo dos Homens, se introduziu como algo normal a pertença a um grupo de homens.
A Igreja renovada que queremos ver florescer e o mundo novo que aspiramos a construir, começam na família natural. O grupo schoenstattiano de homens é precisamente o gérmen e a antecipação da Igreja renovada e da nova sociedade. É uma oficina onde se forjam o homem novo e a nova comunidade cristã. Aí se comprova a possibilidade prática do mundo que esperamos construir, pois não vamos transformar o mundo com palavras, mas sim com factos.
Podemos distinguir no grupo schoenstattiano cinco aspetos fundamentais. Estes aspetos permanecem sempre intimamente unidos, pois o grupo é um organismo vital. No entanto, na exposição que se segue passaremos a descrevê-los separadamente, a fim de facilitar a sua compreensão.
O grupo é: 1. uma comunidade fraterna;
2. uma comunidade de Aliança;
3. uma comunidade de ideais;
4. uma comunidade de formação;
5. uma comunidade de ação apostólica.
O grupo é uma comunidade de Aliança
É uma comunidade que reza, que se vincula ao Santuário. Impulsionado por esta vida sobrenatural, o grupo adquire a sua marca própria e a sua fecundidade.
Os vínculos de amor, responsabilidade e fidelidade que entrelaçam os membros do Movimento, encontram o seu centro e a sua fonte profunda na Aliança de Amor com a nossa Mãe e Rainha de Schoenstatt. Por isso a comunidade humana que cultivamos no grupo está aberta à realidade sobrenatural do Deus pessoal, do Pai, do Filho e do Espírito, realidade que nos torna próximos e familiares em Maria.
O grupo não fica assim no plano puramente natural; quer chegar a ser, com toda a sua força, uma comunidade de fé, de pessoas e de casais que juntos procuram Deus e não descansam até O encontrarem.
Esta projeção sobrenatural no grupo concretiza-se na medida em que este se converte progressivamente numa comunidade de oração. Normalmente, as pessoas não têm o hábito de rezar em comum; em Schoenstatt devem aprender a fazê-lo. Neste sentido ajuda muito iniciar as reuniões com uma oração, lendo e comentando um trecho do Evangelho, fazendo petições ou uma ação de graças, cantando, etc. Isto pode ser preparado no princípio pelos próprios monitores, (existem pautas de oração à disposição de quem as desejar), mas rapidamente os momentos de oração podem ser conduzidos por outros casais previamente designados.
Neste mesmo sentido, programar como grupo encontros periódicos de oração no Santuário é algo que fortalece decisivamente a vida de grupo e favorece a sua incorporação vital em Schoenstatt. “ Experimentar” o Santuário, familiarizar-se com os seus símbolos, conhecer a sua história, consagrar o grupo à nossa Mãe e Rainha, confiando-lhe o seu crescimento e desenvolvimento, encaminha-nos pela senda mais segura. A Mãe deve chegar a conquistar o coração de cada um dos membros do grupo.
Não é demais dizer que em tudo isto o papel dos monitores é decisivo: mais do que as palavras, o que aqui importa é a transmissão de uma vivência religiosa e de um amor profundo a Maria. O fruto será cada homem chegar a fazer a Aliança de Amor no Santuário. Assim esta projeção sobrenatural do grupo recebe o seu selo e garantia.
Os monitores só se darão por satisfeitos quando o grupo alcançar a profundidade da Aliança com Maria; em última instância, tudo tem que conduzir a isso. Só a Aliança com Maria afiança o laço fraternal, purificando-o, dando-lhe ao mesmo tempo consistência e projeção; esta Aliança é também a fonte da transformação interior e do espírito apostólico que deve surgir no grupo.
O grupo é uma comunidade de ideais
Projetar-se em direção a metas elevadas: rumo ao ideal de homem cristão e schoenstatteano
Outra das projeções fundamentais do grupo é ser uma comunidade de ideais. Quer dizer, uma comunidade que tem e se orienta por grandes metas, que quer superar a mediocridade que caracteriza a vida de tantos cristãos. Muitas vezes com um tipo de vida que “segue a corrente”, ou que se conforma com o “mínimo necessário”.
Ter um ideal significa estar projetado até metas altas que libertam da mediocridade e do passivismo, de uma vida monótona e sem relevo. Ver e criticar o negativo não deveria conduzir a um derrotismo, mas sim a um compromisso mais sério e entusiasta com a tarefa histórica de forjar um mundo novo.
Schoenstatt é um chamamento a ampliar os nossos horizontes e a aspirar aos ideais que a Boa Nova cristã nos mostra; querer cooperar ativamente na renovação da Igreja e do mundo. Schoenstatt é um movimento mariano; por ser Maria quem é, assinala os mais altos cumes: orienta-nos com todo o seu ser à realização mais plena dos valores do Evangelho.
A tarefa dos monitores de grupo é dar a conhecer e provocar entusiasmo pelos ideais e aspirações que Schoenstatt mostra. Não atuar por imposições e obrigações, mas sim mostrando ideais. Mais especificamente: mostrando o ideal cristão e da família.
Posteriormente, em grupos estáveis, que já definiram a sua vocação em Schoenstatt, este mundo de ideais concretizar-se-á no Ideal de Grupo. O importante na etapa de formação introdutória, é visualizar os grandes ideais do Movimento e provocar entusiasmo pelo ideal matrimonial e a renovação da família nas suas diversas facetas e cristalizações. Isto fará com que o grupo não se instale nem se detenha, estancando o seu desenvolvimento. Os ideais sempre o impulsionarão até à magnanimidade e a um autêntico compromisso cristão e schoenstattiano.
O grupo é uma comunidade de formação
Procura constantemente superar-se, crescer, vencer o que limita o amor, criando atitudes e um estilo de vida que esteja de acordo com o ideal
O grupo é uma oficina, uma fábrica do homem novo e da nova comunidade. Nele a Virgem Santíssima quer exercer a sua tarefa de Mãe e Educadora. Ela quis precisamente estabelecer-se no nosso Santuário como educadora dos povos e do coração do homem.
Quem entra para um grupo de Schoenstatt fá-lo porque quer crescer e está consciente de que se tem que dar, pessoalmente um enriquecimento interior. Ingressa-se numa comunidade de formação, na qual se espera a ajuda de um ao outro, o estímulo mútuo para que cada um e cada casal avance, respondendo com docilidade ao trabalho educativo de Maria. Nada verdadeiramente valioso nascerá no grupo sem a decisão e o esforço por se autoformar, por crescer e se superar. O amor a Maria, os ideais, a união fraterna, são o estímulo constante para esta superação.
Os monitores velam constantemente neste sentido para que o grupo seja concreto e não caia em divagações intelectuais ou em mera camaradagem. Os ideais têm que tocar a vida e transformá-la de verdade.
A formação dá-se a diversos níveis. Na esfera intelectual, os seus membros deverão crescer no conhecimento da sua fé e do mundo de Schoenstatt. Uma leitura orientada pode contribuir de forma importante para uma formação doutrinal importante. (no livro «150 perguntas sobre Schoenstatt» podem encontrar-se as indicações bibliográficas necessárias).
Por outro lado, deve dar-se progressivamente no grupo uma conquista e consolidação de atitudes e de um estilo de vida de acordo com o ideal e as exigências do tempo.
Por isso, as reuniões normalmente deverão terminar com um propósito que centralize o esforço por encarnar os ideais. Desta forma, o intercâmbio que se produz no grupo não fica “no ar”, mas orienta-se para a vida. Assim consegue-se superar a trágica e tão comum separação entre fé e vida.
Os monitores procuram também, nesta mesma ordem de ideias, introduzir vitalmente o conceito e a prática das contribuições para o Capital de Graças, as quais encaminham e dão sentido ao esforço pela autoformação e ao trabalho com os meios ascéticos. Tudo fica assim enquadrado no âmbito da Aliança de Amor com Maria.
Por último, é importante afirmar que um dos caminhos mais efetivos para o crescimento, é a própria atividade. Por isso os monitores incentivam a formação e o crescimento “repartindo tarefas”, delegando desde coisas simples até tarefas de maior responsabilidade, e fomentando a própria iniciativa e criatividade dos integrantes do grupo. “A tarefa faz o homem” diz um provérbio. Empenhar-se em tarefas como grupo desperta forças que muitas vezes estão latentes. Por isso os monitores procuram que o grupo olhe para o Ramo e para outros campos apostólicos, para que possam ver as necessidades existentes e assim desenvolvam iniciativas concretas.
Isto remete-nos para outra dimensão do grupo, que passamos a tratar.
O grupo é uma comunidade de ação apostólica
Ação apostólica necessária que pode acontecer pela irradiação, pelo testemunho ou por ações apostólicas concretas
Os nossos grupos schoenstatteanos estão concebidos como células de elite destinadas a exercer uma forte influência apostólica. Não são comunidades fechadas em si mesmas ou que se esgotam na sua dimensão espiritual e fraterna. A partir de uma forte interioridade, cada schoenstatteano deve exercer um apostolado eficaz, tanto pela irradiação ou testemunho, como por ações apostólicas concretas.
Cada membro do grupo realiza esta ação apostólica individualmente, como individuo ou então em conjunto com membros do mesmo grupo ou de outros grupos. É importante que se vá criando a consciência de que Schoenstatt é um Movimento de formação em e para a ação apostólica. Doutro modo desvirtua-se a sua natureza.
A falta de ação apostólica paralisa a vida do grupo e reduz o seu horizonte. Tarefas apostólicas concretas, ao contrário, põem à prova a força da Aliança e a sua fecundidade, unem estreitamente os membros do grupo entre si e exigem uma séria superação pessoal que faz crescer, dá alegria e confere dinamismo à vida do grupo.
Os monitores, pela sua presença e pela sua palavra, estão chamados a encontrar caminhos para indicar oportunamente as possibilidades de apostolado, seja no ambiente próprio do Movimento ou onde se precise dum serviço apostólico. No entanto, devem ter cuidado em que o grupo e as pessoas desenvolvam uma ação apostólica “ordenada”, quer dizer, que não se produza um desequilíbrio entre a vida interior, a formação, a relação fraterna e o apostolado.
Não pensamos que as tarefas apostólicas devam realizar-se sempre no âmbito eclesial do Movimento. Toda a vida deve chegar a ter uma projeção apostólica. Por isso, os monitores procurarão o momento apropriado para mostrar a própria vida de homem como um “campo apostólico” privilegiado; mostrarão também que nem sempre o apostolado deve ser “visível”, mas que, muitas vezes, é silencioso e oculto aos olhos do mundo, especialmente quando se trata da oração e do sacrifício oferecido pelos outros.